Ciranda dos cartões de crédito: vale a pena pagar um usando o outro?

Quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas e têm o cartão como principal fator de endividamento

A alta da inflação reduz o poder de compra das famílias brasileiras que, diante da situação, tendem a recorrer ao uso do cartão de crédito para arcar com despesas do dia a dia, como a alimentação. A escolha pode acarretar dificuldades para o pagamento da fatura e levar os consumidores ao endividamento. Órgãos de defesa do consumidor e do setor financeiro orientam sobre como proceder nesse caso.

Quase 80% das famílias brasileiras encerraram o mês de abril endividadas, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O estudo afirma que “a inflação alta, persistente e disseminada mantém elevadas as necessidades de crédito para recomposição da renda, fazendo com que as famílias encontrem nos recursos de terceiros uma saída para manter seu nível de consumo”.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, chegou a 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses, conforme a apuração do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Paralelamente à alta inflacionária houve o crescimento do endividamento com o cartão de crédito no país. Segundo a Peic, quase 90% das famílias possuem faturas em aberto.


Quitar um cartão com outro não resolve

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) alertam para o risco de pagar uma fatura usando outro cartão de crédito. Isso porque a ação substitui uma dívida por outra que também possui um alto valor de juros. Dessa forma, o consumidor pode prolongar, ou até mesmo agravar, o desequilíbrio financeiro.

Por isso, a orientação do Idec, da Proteste e da Abefin é evitar pagar a fatura atrasada ou que está prestes a vencer usando um segundo cartão de crédito. A recomendação é entrar em contato com o banco para tentar uma renegociação da dívida, com condições de prazo e pagamento possíveis de serem cumpridas.

Uma possibilidade é recorrer ao crédito pessoal para fazer o pagamento à vista. A modalidade oferece juros mais baixos em comparação com outros tipos de crédito, sobretudo, em comparação com o cartão. Além disso, costuma ter aprovação rápida, sendo possível solicitar o empréstimo pessoal online, sem sair de casa.


Cuidados na hora da contratação

Apesar da facilidade de acesso ao empréstimo pessoal, é preciso alguns cuidados na hora da contratação. O primeiro deles é avaliar se a instituição que oferece o serviço está autorizada pelo Banco Central a funcionar. Essa checagem pode ser feita no site da autoridade monetária.

Outra questão importante é observar se os custos e as taxas garantem a realização de um bom negócio. Para isso, o Banco Central recomenda avaliar o Custo Efetivo Total (CET) descrito no contrato, que inclui todos os encargos da operação.

Os órgãos de defesa informam, ainda, que o consumidor não deve realizar nenhum pagamento adiantado para conseguir a aprovação de crédito. Caso haja esse tipo de solicitação, trata-se de golpe.


Considerações finais

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe da Luiz Affonso Mehl para o Blog Gauchaweb.

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