4 tecnologias financeiras seguras e como funcionam

Sistemas financeiros apostam em camadas de proteção para evitar fraudes

O Brasil possui um histórico de desconfiança por parte dos cidadãos no sistema financeiro pela herança do confisco de poupanças nos anos 1990. Hoje em dia, a lista de maquininhas em funcionamento é variada, e os brasileiros já se acostumaram com o uso de sistemas digitais de pagamento, com total segurança e praticidade.

Infelizmente, com o avanço da tecnologia, pessoas mal-intencionadas desenvolvem novas formas de aplicar golpes, aproveitando-se de vazamentos de dados e descuidos de usuários. Por outro lado, instituições financeiras e sistemas de pagamento investem em camadas de proteção mais eficientes, como verificação em duas etapas, reconhecimento facial e leitura de impressão digital.

Confira as principais tecnologias de pagamento em uso no Brasil

No período entre 2019 e 2022, marcado por diversas transformações no mundo, o meio digital passou por uma verdadeira revolução. A necessidade de utilizar serviços financeiros fora do ambiente físico fez com que algumas tecnologias, que já existiam, fossem otimizadas e outras novas surgissem. Separamos quatro delas que valem a pena conhecer.

1.   Pix

Lançado em novembro de 2020, o Pix revolucionou os sistemas de pagamento digitais no Brasil. Seu funcionamento é simples: o usuário cadastra uma chave (CPF, telefone, e-mail ou aleatória), que serve como identificação única da conta bancária. O restante do processo é bem similar às transferências como TED e DOC.

A principal diferença — e o que possibilitou que o sistema seja o mais usado atualmente — é que, diferentemente do TED e do DOC, a transferência por Pix é instantânea. A opção foi útil especialmente na internet, permitindo que o processo de compra e venda fosse acelerado, atendendo à enorme demanda durante os anos citados.

2.   Carteiras digitais

Popularizadas por sistemas como o Apple Pay, as carteiras digitais oferecem a opção de realizar pagamentos sem a necessidade de um cartão físico. Para isso, é necessário que a operadora do cartão seja compatível com a tecnologia, e o cadastro seja verificado pelo usuário. Também é possível utilizar ingressos, transferências de dinheiro e pagamentos sem necessidade de aproximação.

3.   Cartões físicos com aproximação (NFC)

Ganhando extrema funcionalidade durante a pandemia, a tecnologia NFC permite a comunicação entre o cartão físico e o terminal de pagamento. A depender do valor da transação, não é necessário o uso de senha, e alguns modelos de smartphone são compatíveis com o sistema, substituindo as maquininhas convencionais.

4.   Criptomoedas e pagamentos digitais

Sites de pagamento como Paypal são bastante utilizados para movimentações financeiras internacionais de forma segura. Embora utilizem uma tecnologia já estabelecida, são uma das formas mais privadas e seguras de movimentar transações, graças às camadas de segurança utilizadas.

Por fim, as criptomoedas ainda são pouco difundidas entre as ”pessoas comuns”, mas possuem um dos sistemas mais seguros de transação existentes. Isso porque a validação é feita de forma descentralizada e por várias etapas. No Brasil, ainda não existe uma legislação que defina as regras para o uso dessa tecnologia, mas muitos nichos de mercado já aceitam pagamento em moeda digital.

Como se proteger de golpes e fraudes financeiras

De acordo com um levantamento realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2021, a quantidade de vazamentos de dados no Brasil aumentou 493% no período observado. Esse dado chama a atenção para a forma com que usuários manipulam seus dados e como empresas investem em medidas de segurança financeira em seus sistemas.

Ao mesmo tempo que tecnologias como NFC facilitam pagamentos no dia a dia, também permitem que o cartão seja utilizado por um terceiro em caso de furto. Felizmente, existem formas de aumentar a segurança ao usar essas tecnologias, como você confere abaixo.

  • Crie senhas fortes e utilize verificação biométrica: evite utilizar senhas que facilitam o acesso de terceiros, como datas de aniversário, palavras de uso comum e informações pessoais que podem ser encontradas facilmente. Em smartphones, ative a confirmação biométrica para transações, desbloqueio de aplicativos e alteração de senhas.
  • Preste atenção nas máquinas de cartão: recentemente, um tipo de golpe chamou a atenção. Máquinas adulteradas conseguiram clonar cartões físicos, afetando inúmeras pessoas. Por isso, sempre confira os dados da máquina, como o nome do sistema na tela e o valor da transação e, ao final, peça o recibo.
  • Nunca compartilhe dados financeiros e pessoais fora de ambientes digitais protegidos: por mais que seja prático enviar sua chave Pix para um amigo no chat da rede social, evite ao máximo. Em caso de invasão da conta, um hacker pode ter acesso a essas informações e causar grandes prejuízos.

Considerações finais

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Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe da Luiz Affonso Mehl para o Blog Gauchaweb.

Foto de Mika Baumeister na Unsplash

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