Seis formas de atrasar o envelhecimento de acordo com a ciência

Entenda como mudanças no estilo de vida podem impactar a longevidade e a qualidade de vida

Até 2050, a população com mais de 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas, representando um quinto da população global, como estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). O envelhecimento é um processo natural, mas pode ser influenciado por diversos fatores ao longo da vida.

Segundo o Ministério da Saúde, por volta dos 40 anos, o corpo começa a apresentar sinais de desgaste, com uma redução gradual da capacidade funcional e um metabolismo mais lento. Além das transformações biológicas, elementos externos como poluição, exposição excessiva ao sol, tabagismo e consumo elevado de álcool podem acelerar esse processo.

Por outro lado, adotar bons hábitos pode ajudar a atrasar esses efeitos e contribuir para um envelhecimento mais saudável. Pequenas mudanças no dia a dia fazem diferença e podem impactar positivamente a longevidade e a qualidade de vida.

Hidratação e alimentação balanceada são essenciais

Manter uma alimentação rica em nutrientes é fundamental para atrasar o envelhecimento biológico. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca que alimentos com vitaminas A, C e E apresentam ação antioxidante, ajudando na renovação celular. 

Por outro lado, o consumo excessivo de alimentos, como o açúcar refinado, pode prejudicar a produção de colágeno, acelerando o surgimento de rugas e flacidez, assim como o excesso de gordura na dieta.

Além da alimentação, a hidratação adequada também deve ser um ponto de atenção. A recomendação da SBD é ingerir, pelo menos, dois litros de água por dia para manter a pele hidratada e eliminar as toxinas que podem acelerar o envelhecimento.

Suplementação pode ajudar

Quando a alimentação não supre todas as necessidades nutricionais, a suplementação pode ser uma estratégia para adquirir os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, conforme reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ômega-3 tem sido alvo de pesquisas científicas que analisam seu impacto no envelhecimento biológico.

Ao discorrer sobre o que é ômega 3, o Ministério da Saúde explica que a substância é um ácido graxo essencial, encontrada principalmente em peixes e óleos vegetais. Esse tipo de gordura poliinsaturada é necessária para a manutenção da integridade das membranas celulares, para o fortalecimento do sistema imunológico e para a redução de níveis de gordura no sangue, prevenindo o aumento da pressão arterial e as doenças cardiovasculares.

Um estudo publicado na revista Nature Aging acompanhou 777 idosos ao longo de três anos e apontou que a ingestão diária de 1 grama de ômega-3 desacelerou o envelhecimento em até quatro meses. A pesquisa também identificou que a combinação da substância com vitamina D e exercícios físicos trouxe benefícios adicionais, reduzindo riscos de doenças como câncer e fragilidade muscular.

Outro suplemento que pode auxiliar nesse processo é a maca peruana, Em entrevista à imprensa, a nutricionista Tatiana Zanin, explica que essa raiz pode contribuir para o aumento da energia, o fortalecimento muscular e o equilíbrio hormonal, além de ajudar na produção de testosterona e melhoria do humor.

Para saber como consumir maca peruana, ômega-3 ou qualquer outro tipo de suplemento, a orientação das autoridades de saúde é buscar um profissional da área. Médicos e nutricionistas podem avaliar as necessidades individuais, considerando fatores como idade, estilo de vida e condições preexistentes.

Exercícios físicos preservam musculatura e mobilidade

A prática regular de atividades físicas influencia diretamente a qualidade de vida e o bem-estar. De acordo com o Ministério da Saúde, os exercícios melhoram a mobilidade e fortalecem os músculos, aumentando a segurança nas tarefas diárias, além de reduzir o risco de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e depressão.

A recomendação da OMS é praticar, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana. Entre as opções que podem ser introduzidas à rotina estão caminhadas, natação, yoga, dança, pilates e musculação, que oferecem benefícios tanto para o condicionamento físico, quanto para a saúde mental.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) destaca que os exercícios de fortalecimento muscular ajudam a evitar a perda de massa muscular, um processo natural que se intensifica com o avanço da idade. Essa perda, conhecida como sarcopenia, pode comprometer a realização de atividades cotidianas, como subir escadas ou carregar objetos pesados. 

Use filtro solar diariamente

A exposição solar sem proteção é uma das principais causas do envelhecimento precoce da pele. Segundo a SBD, os raios ultravioleta provocam alterações celulares, estimulando a produção de radicais livres e comprometendo a elasticidade cutânea. 

Por isso, o filtro solar é apontado como a principal forma de prevenção do fotoenvelhecimento e deve ser usado em dias de sol e de chuva, pois em ambos existe a emissão de raios UV. 

Além do filtro solar, a fotoproteção deve ser complementada com o uso de roupas apropriadas, chapéus e óculos escuros. Em atividades ao ar livre, é recomendada a reaplicação do protetor a cada três horas, principalmente em casos de suor excessivo e se a exposição solar for alta. 

Mantenha uma rotina de cuidados com a pele

Os cuidados diários ajudam a minimizar os efeitos do tempo na pele. A SBD recomenda a limpeza da face duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, para remover impurezas acumuladas ao longo do dia, que podem provocar a obstrução de poros e contribuir para o surgimento de rugas.

Também é preciso usar um demaquilante adequado para remover todos os resíduos de maquiagem. Além disso, o uso de cremes antienvelhecimento pode auxiliar na manutenção da elasticidade e firmeza da pele, embora não sejam capazes de reverter completamente os sinais do envelhecimento, conforme indica a SDB. 

Álcool e tabagismo devem ser evitados

O cigarro e o álcool também estão entre os fatores que aceleram o envelhecimento. Segundo a SBD, fumantes tendem a desenvolver rugas mais cedo devido à redução do fluxo sanguíneo na pele, o que compromete a oxigenação dos tecidos. A exposição ao calor da chama do cigarro também pode intensificar a perda de elasticidade cutânea.

Segundo estudos realizados pela Universidade de Oxford, o consumo excessivo de álcool pode causar danos ao DNA, resultando no encurtamento dos telômeros – estruturas que protegem os cromossomos e estão associadas à longevidade celular. Esse processo pode levar ao envelhecimento precoce das células.

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Imagem de freepik

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